Fecomércio-GO apresenta desafios e oportunidades no comércio exterior em seminário

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Na úA Fecomércio-GO, através de sua Câmara de Comércio Exterior, a Fecomex, promoveu o seminário Perspectivas para 2024: guerras, eleições e seus impactos no comércio exterior. O evento contou com a presença do vice-presidente da Fecomércio-GO, Márcio Andrade; do diretor da Fecomex, Marcelo Gomes, além de empresários em busca de oportunidades pelo mundo, estudantes e pesquisadores.

O seminário foi estruturado em quatro painéis, sendo o primeiro deles dedicado aos Desafios e Oportunidades na Logística Internacional. Participaram da discussão a professora de Logística e Comércio Exterior da UNIALFA, Ingrid Klein, o diretor de operações do Porto Seco Centro-Oeste, Everaldo Fiatkoski, e o advogado e especialista sobre a Rota Bioceânica, Fernando Ribeiro.

De acordo com a professora Ingrid Klein, o Oriente Médio, composto por cerca de 18 países, tem uma importância estratégica na logística internacional. Além de estar posicionado na interseção de três continentes – Europa, Ásia e África, possui recursos importantes como petróleo. Ela destaca a importância do Canal de Suez, que liga a Ásia à Europa por meio de uma rota marítima criada artificialmente entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Vermelho. Este canal representa uma redução significativa no tempo de viagem entre o Oceano Atlântico e o Oceano Índico, eliminando a necessidade de contornar todo o continente africano.

Já Everaldo Fiatkoski apresentou o funcionamento das operações logísticas dos portos secos e molhados do Brasil, explicando como estão integrados à malha ferroviária do país e contribuem para a movimentação da economia brasileira. Ele, que é diretor de operações do Porto Seco Centro-Oeste em Anápolis, um dos maiores do país, destacou que o ponto de escoamento movimentou mais de US$ 16 bilhões em mercadorias no último ano.

O advogado Fernando Ribeiro trouxe à discussão os corredores bioceânicos, com ênfase na rota que liga o porto de Santos, no sudeste do Brasil, ao porto de Iquique, no norte do Chile. Ele enfatizou que essas rotas foram criadas para assegurar o abastecimento de insumos básicos para a América Latina, reduzindo a dependência de outras regiões no mundo diante das crescentes tensões geopolíticas.

Fernando sublinhou os impactos positivos das rotas bioceânicas para o continente latino-americano. Segundo ele, elas promovem a produção local, com mão-de-obra especializada e impulsionam o desenvolvimento regional.

O seminário Perspectivas para 2024 contou com a parceria do Grupo Porto Seco Centro-Oeste e patrocínio da FRibeiro Advogados.

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